Tá complicado né. Eu sei. As coisas andam confusas, você tem que decidir entre tantas coisas e ainda nem sabe o que quer ser quando 'crescer'.
Eu sei que está doendo, que está machucando, e quando você fica sozinha, você desaba. Parece que o mundo lhe deu as costas não é mesmo?
Queria poder dizer que logo vai passar, mas não posso. Vai passar, mas não sei se é logo. Então eu vou te contar um segredo: Você aguenta, vai aguentar, você vai sobreviver.
Aguente firme, segura a barra firme e forte. Vai doer, mas vai te fazer mais forte.
domingo, 24 de julho de 2016
domingo, 17 de julho de 2016
sexta-feira, 15 de julho de 2016
- Fazia tempo que não sentia isso.
- Isso o quê?
- Essa sensação de coisa boa, de ficar com um sorriso na cara sabe, sem ser por ninguém, nem por uma mensagem, essa sensação que as coisas podem começar a dar certo, que tudo vai se ajeitar, que a vida vai ficar boa, que tudo vai ficar bem.
- Você 'tá' feliz, só isso.
- Não é só isso quando ficamos tempo sem se sentir assim.
- Isso o quê?
- Essa sensação de coisa boa, de ficar com um sorriso na cara sabe, sem ser por ninguém, nem por uma mensagem, essa sensação que as coisas podem começar a dar certo, que tudo vai se ajeitar, que a vida vai ficar boa, que tudo vai ficar bem.
- Você 'tá' feliz, só isso.
- Não é só isso quando ficamos tempo sem se sentir assim.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Va fa Napoli
- Faz isso!
- Não, não, melhor, faz aquilo.
- Não vai lá, vamos em outro lugar.
- Sushi? Não, vamos comer pizza.
- Vamos juntos lá levar teu irmão.
- Vamos visitar aquele parente que você nem lembra, onde não tem nada para você fazer e vive te enchendo a paciência.
- Já vai ir pro quarto?
- Porque não senta aqui para ganhar mais uma lição de moral de como eu sofri muito mais que você vai sofrer.
-Porquê não me dá mais atenção?
-Porquê não faz tudo do meu jeito?
-Porquê é tão insensível?
- Desamarra a cara, não tem motivo pra estar braba.
- Finge que tá feliz.
- Faz do teu jeito não vou me meter.
- Nunca vem aqui e quando vem vai embora logo
Se desdobra em mil, faz as vontades alheias, faz tudo para os outros no tempo deles e ainda tente ser feliz.
Moça, taca o foda-se ta na hora de ser egoísta.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Não vou contar à ninguém
Um, dois, três passos. Fazia
tanto tempo que eu não vinha até aqui. Reviver todas as memórias que eu
infelizmente nunca pude compartilhar com ninguém, memórias que você guardou e
eu me prometi jamais revelar.
Um, dois, três passos a mais. Eu
não consigo acelerar e chegar mais rápido, eu preciso de mais alguns minutos
antes de deixar todas aquelas sensações tomarem conta de mim novamente.
Um, dois. Cheguei, cara a cara
com a maior das angustias que já senti, aquela que guardei e guardo todos os
dias só para mim, como um segredo. Afinal, eu era o teu segredo.
Segredo muito bem vivido,
eternamente guardado, sobre nós dois, ninguém jamais, vai saber de tudo. Eu
prometo não contar, você levou para o túmulo
Um, dois, três suspiros, secar as
lágrimas, é hora de voltar.
sábado, 9 de julho de 2016
Acontece
- Eu preciso ir agora- segurei a alça da mala, como quem segura um bote salva - vidas no meio do mar aberto. Ela me olhou com os olhos vermelhos, cansada de chorar. Me olhou como seu eu fosse um anjo que apareceu por milagre ali na sua frente, e com um sussurro você me disse pela última vez:
- Vai, vai agora, não vou pedir pra você ficar. Pega as tuas coisas e some daqui, some da minha vida, some da minha existência, tu não pediu pra chegar né? Tu nunca me pediu se podia ficar, você só chegou e foi ficando, ficando, fazendo parte dos meus dias, se tornando tão essencial para mim, fazendo da minha rotina a nossa, fazendo com que os meus dias fossem tudo o que eu nunca pedi, mas lá no fundinho eu queria. Tu nunca pediu minha permissão pra nada, vai pedir pra ir embora agora?- ela riu, de um jeito sem força, como quem entrega os pontos depois de ter lutado com todas suas forças.
Não sabia o que dizer, nem se devia falar, ela estava certa, ela tinha toda a razão, ela se ajeitou no sofá, olhou para o teto, juntou as mãos como se começasse uma prece, e o olhar doce e meigo que ela me olhava, mudou, aqueles olhos amendoados cheios de ternura, ficaram vazios como a escuridão.
- Eu podia te pedir pra ficar sabe,- tentei falar e ela só balançava a cabeça como se dissesse não- chega, eu vou falar agora, ouvi você falar por horas todos os motivos de você querer ir, agora vou te explicar todos os motivos porque não vou te impedir, eu fiz a minha parte, e digo isso de consciência limpa, eu te amei, cuidei de você quando ficou doente, escutei todos os seus dramas, e não me importei todas as vezes que você não podia me dar atenção.
- Fiquei em silêncio todas as vezes que me recriminava por ser quem eu era, ou porque tinha decidido beber um pouco mais em uma festa, mesmo tendo te cuidado nas suas ressacas, fiz a minha parte mesmo, aguentei as piadas da sua família, sorri, e banquei a moça perfeita, te acompanhei onde você queria e fiquei noites sozinha quando você decidia que preferia ir sozinha. - tentei, novamente sem sucesso falar, e ela erguendo a mão em sinal de pare ergueu a voz num tom que eu nunca tinha escutado- Pegou tudo? Não quero mais nada teu aqui, não quero que volte por nada, se achar algo teu vai pro lixo, vai pode reclamar dos meus dramas, diz que eu sou exagerada, pode falar, vai conta pras tuas amigas como eu sou louca, ciumenta e paranoica, conta pra elas como eu me implicava toda vez quando seu telefone tocava e você ia atender no quarto, conta pra elas como eu te amei e como eu fui boba.
- Desculpa- era tudo o que eu podia dizer, acho que era tudo o que ela ainda suportava escutar.
- NÃO!- ela se levantou e apontando pra porta continuou- vai de uma vez, acaba com isso, acaba com essa cena ridícula de novela, some da minha vida, deixa a chave na mesinha e sai, sai dessa casa, sai da minha vida, some da nossa história, sai como você chegou, do nada, sem motivos e sem essas desculpas bobas e sem sentindo, sai bagunçando a minha vida, sai e me deixa chorando.
Ela virou as costas e sumiu no corredor. Larguei minhas chaves na mesa como ela pediu, peguei a mala que ainda restava, e como ela mesma disse, da mesma maneira que entrei na vida dela eu saí sem querer, sem pedir, sem um porquê de verdade, eu saí me sentindo o pior dos seres humanos, mas sabendo que ficar era muito pior, eu saí, eu fechei a porta ouvindo a música que vinha do quarto.
"esquece o amor, vê se esquece. Porque tudo no mundo acontece, e acontece que eu já não sei mais amar, Vai chorar; vai sofrer e você não merece,..."
Ela sempre teve um bom gosto pra música, sempre soube escolher uma boa trilha musical.
E assim vai sendo
Viver de fingir, de aparências, de não ser.
Viver fingindo que é tudo fácil, que nada afeta.
Discutir com alguém e fingir pro resto do mundo, que por dentro não te destruiu.
Fingir sorrisos, fingir felicidade, afinal ninguém vai se aproximar de gente infeliz.
Fingir risadas, numa piada sem graça, afinal o negócio é ser sociável.
Fingir tudo, pra todos, em todo o lugar.
Ser o padrão perfeito, programado, a meta é não decepcionar.
Ser uma casca, manipulável, controlável e interessante aos olhos de fora.
Seja quem eles querem, viva como eles mandam, esqueça quando eles mandarem.
Não se transforme, só finja.
Viver fingindo que é tudo fácil, que nada afeta.
Discutir com alguém e fingir pro resto do mundo, que por dentro não te destruiu.
Fingir sorrisos, fingir felicidade, afinal ninguém vai se aproximar de gente infeliz.
Fingir risadas, numa piada sem graça, afinal o negócio é ser sociável.
Fingir tudo, pra todos, em todo o lugar.
Ser o padrão perfeito, programado, a meta é não decepcionar.
Ser uma casca, manipulável, controlável e interessante aos olhos de fora.
Seja quem eles querem, viva como eles mandam, esqueça quando eles mandarem.
Não se transforme, só finja.
domingo, 3 de julho de 2016
Let's Play ?
Você já jogou poker? Se não vou te explicar algumas regras bem rapidinho: Inicia-se com duas cartas na mão e cinco na mesa que vão sendo reveladas por rodada, nesse caso você decide se entra 'no jogo' ou não, e de resto você vai descobrindo durante a partida, em suma, há uma hierarquia de mãos que você pode obter, que lhe pode lhe dar a vitória ou não. Então, agora, você deve estar pensando: ' E dai?' Bem, essa é a analogia de hoje, como jogar poker e iniciar um relacionamento são quase a mesma coisa.
Para começar duas cartas que podem ou não combinar, ai você já tem a difícil decisão se vai querer entrar ou esperar pela próxima rodada, digamos que você decida entrar, para esse texto fazer algum sentindo, então as duas cartas juntas até dão um indicio de serem promissoras, você tem que fazer a aposta mínima, chega a vez dos seus adversários decidirem se vão jogar com você. Pronto, você tá no jogo, agora depende da sorte.
Uma a uma das cinco cartas da mesa vão sendo viradas, hipoteticamente, digamos, que elas sejam favoráveis à você, o que fazer? Você continua apostando, você aumenta suas apostas, escolhe bem as fichas, as vezes faz cara de blefe, saber blefar no poker é essencial, em relacionamentos eu já não concordo, as vezes você deixa bem claro as suas intenções, e então você se dá conta, na mesa só há você e mais um jogador, vocês se encaram, só há mais uma carta para virar, só mais umazinha e você pode tirar a sorte grande, você torce, cruza os dedos, idealiza espera, sofre, que agonia.
Seu adversário aumenta a aposta, ele veio bem mais preparado que você, e agora José? As cartas da sua mão são boas o suficiente? E as da mesa? Será que vale a pena? Você conta suas fichas, não tem outro jeito, você fecha aos olhos, suspira, conta até vinte (porque até dez todo mundo conta), abre seus olhos devagar, encara o adversário nos olhos, faz seu olhar mais perigoso, empurra todas as suas fichas ao centro da mesa, você foi a all in, aposta máxima, todas as fichas, você sorri, a mesa vira a última carta, agora a diversão começa...
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