Ainda me reviro na cama buscando teu corpo. Passo a mão pela cama vazia e desabo em saudades. Teu cheiro 50% cigarro e 50% café ainda resiste no meu apartamento apesar das inúmeras faxinas descontroladas que eu andei fazendo tentando me livrar de todas as provas que um dia você habitou por lá.
Procuro menos o seus status online por todas as redes sociais, mas apaguei toda e qualquer foto que indicasse que um dia fomos metades carinhosas e sentimentais.
Toda vez que penso em te chamar para conversar eu resolvo fumar um cigarro no lugar, acredite é menos nocivo. Adquiri alguns hábitos teus, como uma xícara de café logo depois de acordar, misturado com fumaça e solidão.
Já passei meia hora deitada no chão da sala com tudo em minha volta atirado pelo chão, num surto tão descontrolado que quando me dei por conta, comecei a rir descontrolavelmente,ainda não sei o motivo do riso, mas fez bem.
Já sai da cidade, me embriaguei,dancei, ri, conheci gente nova e fingi que não te ter do lado era algo natural e que não me importava.
Minha música favorita me lembra a você, e eu escuto ela cinquenta vezes por dia, não para te lembrar, mas porque não vou deixar você estragar a sensação que ela sempre trouxe, mas como ela mesma diz, ' eu ando muito ocupado sendo seu, para me apaixonar por outro alguém.'
E eu nem quero, preciso primeiro sair dessa ressaca que estar com você me causou, e que porre, daqueles de esquecer o próprio nome, essa é a sensação que te amar me causou, eu esqueci quem eu sou, me tornei um pouco de ti, mais do que esperava, e muito mais do que já quis.
Lembro que numa noite te contei das minhas mágoas e te disse o quanto eu queria me apaixonar enlouquecidamente novamente, que boca a minha, não há arrependimentos, eu só havia esquecido como dói. Dói do mesmo jeito que ouvir você dizer que é mais feliz sem mim, que só me usou, que não existiu amor da sua parte, dói como cair de um carro e ficar ralada de um tombo de bicicleta, dói, simples e praticamente uma dor que não há como descrever, é morrer um pouco a cada batida de um coração vazio.
Mas chega, não há mais como tolerar. Eu posso te perdoar, te amar. Mas chega de me machucar.
Se algum dia, em alguma madrugada, se sentir sozinha e quiser falar sobre estrelas, planetas, universo, a vida, a grama...
ResponderExcluirEu ainda existo, ainda te amo, também não posso mais me machucar, mas não vou tentar te esquecer, não quero e não posso esquecer de momentos que me fizeram bem.