e quem perde não sou eu

Eu sou um furacão, 

um “caos incontrolável”.

Eu sou aquela tempestade de raios que você acha linda, 

mas que fica trancado dentro de casa porque pode se machucar.

Eu sou uma dose de adrenalina que você quer tanto tomar,

 mas tem medo dos efeitos que podem te causar.

Eu sou como aquela droga que você quer experimentar,

mas tem medo de não conseguir mais parar.

Eu sou incontrolável

a minha liberdade te assusta 

a minha autenticidade te desconcerta 

eu sou um vinho fino

e não é culpa minha

se você está acostumado 

com pinga barata

noites em claro

tu cheiro na cama, na casa, em mim
teu olho verde na minha cabeça passando todo minuto
lembrando que eu não consigo te esquecer
as vezes a gente tem que perder o juízo pra não enlouquecer

e quem disse que de passado não se vive

Há oito anos atrás, um pouco mais, um pouco menos, eu te conheci, te namorei, e acabou. Com aquela idade a gente não entende, nem sobre sentimento, nem sobre a vida.
Hoje a oito anos, pouco mais ou pouco menos, te beijo na certeza que te recontar não é só coincidência.